17 janeiro 2011

PENSAMINTO - Revista de Literatura e Arte (edição 14)

Publicado no mês de maio de 2000, o número 14 da segunda fase de Pensaminto anunciava, na sua segunda página, a "I Feira do Livro de Cataguases", nos dias 18, 19 e 20 do mesmo mês. Com capa do artista plástico cataguasense Altamir Soares, a edição homenageou o poeta Cláudio Feldman e abriu espaço para a poesia do ABC paulista. Também foi nesta edição que o professor e poeta cataguasense Joaquim Branco inaugurou sua página "Poesia Visual", com três poemas: Terra à vista (dele próprio), Nós (de Hugo Pontes) e Bankers in Banquet (de Ricardo Alfaya). Para finalizar a edição, um artigo do saudoso professor e escritor José Maria de Souza Dantas (RJ), intitulado O Ensino de Literatura e/ou o enriquecimento do humano do homem, e um outro do poeta de Piracicaba, Irineu Volpato, intitulado Literatura no ABC - um esboço.


Confiram maiores detalhes.

ALTAMIR SOARES


















Natural de Cataguases, licenciado em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, em 1986, Altamis mostra em suas telas uma mistura de cores secas em traços que marcam definitivamente seu estilo. Segundo suas palavras, ele procura refletir em sua obra o cotidiano, o abandono, a solidão, o desprezo e a busca de algo real e irreal.

Com traços marcantes e ao mesmo tempo suaves, Altamir não se prende a convenções, retratando em sua obra, tanto o moderno como o expressionismo, dependendo da escolha do momento que melhor retrata seu "eu".

UM POETA NO CAMINHO
Cláudio Feldman
























"Caminhei entre ciranda de mitos e caixões eldorado, em noite de esquivo silêncio. Do beco dos fantasmas ao cais do caos, o navio na garrafa fazia lembrar tempo de deserto. Plantei uma gaveta de sementes nos olhos da estrada e dali nasceram 27 poemas. Dr. Panambi redigiu um dossiê. Batizei-o urtiga. Depois de tanta aventura, mergulhei neste dia suspeito, de poesia enxuta, síntese, denunciando dobras da existência, o outro lado de tudo o que cerca o real, em imagens de pequeno bestiário, cidades e folhas" (Cláudio Feldman).

Cláudio Feldman reúne a irreverência do moderno com o bom gosto de quem sabe realmente da arte a que se propõe. Cláudio tem inúmeros livros publicados na área de ficção, humor e literatura infantil, por editoras como a Loyola, FTD, Editora Lê, Moderna, entre outras.

O poeta nasceu em Bauru (SP), em 1944. É filho do cineasta fotógrafo e videomaker Aron Feldman. Os poemas abaixo fazem parte do livro "Dia Suspeito".

SERPENTE
a serpente
enrosca-se
para dormir

já é o pesadelo
............................

PORCO-ESPINHO
da cratera morta
sai
um porco-espinho

cactomóvel
que afasta
perfume e garras

apalpado
apenas
no dicionário
...........................

MADRUGADA
a chuva não apaga anúncios luminosos
mas jornais escorrem palavras
as imagens de bêbadas bocas pintadas
e policiais algemando fantasmas
são levadas para o esgoto
sujeito oculto na capa
costeio edifícios de solidão e frio
o vento das galerias
murmura meu nome
ao contrário
..................................

VISUAIS
Joaquim Branco














Nesta edição de Pensaminto, Joaquim Branco publicou o VISUAIS nº 1, com poemas visuais de Hugo Pontes (Nós), Ricardo Alfaya (Bankers in banquet) e dele próprio (Terra à vista).







0 comentários:

Postar um comentário

Obrigada por sua visita. Registre-a, deixando seu comentário.

17 janeiro 2011

PENSAMINTO - Revista de Literatura e Arte (edição 14)

Publicado no mês de maio de 2000, o número 14 da segunda fase de Pensaminto anunciava, na sua segunda página, a "I Feira do Livro de Cataguases", nos dias 18, 19 e 20 do mesmo mês. Com capa do artista plástico cataguasense Altamir Soares, a edição homenageou o poeta Cláudio Feldman e abriu espaço para a poesia do ABC paulista. Também foi nesta edição que o professor e poeta cataguasense Joaquim Branco inaugurou sua página "Poesia Visual", com três poemas: Terra à vista (dele próprio), Nós (de Hugo Pontes) e Bankers in Banquet (de Ricardo Alfaya). Para finalizar a edição, um artigo do saudoso professor e escritor José Maria de Souza Dantas (RJ), intitulado O Ensino de Literatura e/ou o enriquecimento do humano do homem, e um outro do poeta de Piracicaba, Irineu Volpato, intitulado Literatura no ABC - um esboço.


Confiram maiores detalhes.

ALTAMIR SOARES


















Natural de Cataguases, licenciado em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, em 1986, Altamis mostra em suas telas uma mistura de cores secas em traços que marcam definitivamente seu estilo. Segundo suas palavras, ele procura refletir em sua obra o cotidiano, o abandono, a solidão, o desprezo e a busca de algo real e irreal.

Com traços marcantes e ao mesmo tempo suaves, Altamir não se prende a convenções, retratando em sua obra, tanto o moderno como o expressionismo, dependendo da escolha do momento que melhor retrata seu "eu".

UM POETA NO CAMINHO
Cláudio Feldman
























"Caminhei entre ciranda de mitos e caixões eldorado, em noite de esquivo silêncio. Do beco dos fantasmas ao cais do caos, o navio na garrafa fazia lembrar tempo de deserto. Plantei uma gaveta de sementes nos olhos da estrada e dali nasceram 27 poemas. Dr. Panambi redigiu um dossiê. Batizei-o urtiga. Depois de tanta aventura, mergulhei neste dia suspeito, de poesia enxuta, síntese, denunciando dobras da existência, o outro lado de tudo o que cerca o real, em imagens de pequeno bestiário, cidades e folhas" (Cláudio Feldman).

Cláudio Feldman reúne a irreverência do moderno com o bom gosto de quem sabe realmente da arte a que se propõe. Cláudio tem inúmeros livros publicados na área de ficção, humor e literatura infantil, por editoras como a Loyola, FTD, Editora Lê, Moderna, entre outras.

O poeta nasceu em Bauru (SP), em 1944. É filho do cineasta fotógrafo e videomaker Aron Feldman. Os poemas abaixo fazem parte do livro "Dia Suspeito".

SERPENTE
a serpente
enrosca-se
para dormir

já é o pesadelo
............................

PORCO-ESPINHO
da cratera morta
sai
um porco-espinho

cactomóvel
que afasta
perfume e garras

apalpado
apenas
no dicionário
...........................

MADRUGADA
a chuva não apaga anúncios luminosos
mas jornais escorrem palavras
as imagens de bêbadas bocas pintadas
e policiais algemando fantasmas
são levadas para o esgoto
sujeito oculto na capa
costeio edifícios de solidão e frio
o vento das galerias
murmura meu nome
ao contrário
..................................

VISUAIS
Joaquim Branco














Nesta edição de Pensaminto, Joaquim Branco publicou o VISUAIS nº 1, com poemas visuais de Hugo Pontes (Nós), Ricardo Alfaya (Bankers in banquet) e dele próprio (Terra à vista).







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por sua visita. Registre-a, deixando seu comentário.